segunda-feira, 11 de maio de 2009

Paixonite

Por Maria Eduarda Araújo

A mão sua. Os olhos brilham. Os lábios tremem. A fala some. Você passa a se sentir um estranho num mundo familiar, alguém que sem perceber interrompeu uma importante reunião de negócios e agora precisa driblar o constrangimento. É assim que se sentem os apaixonados.

Inevitavelmente eles (os apaixonados) ficam meio idiotas também. Não é à toa que dizem que o amor é cego. Nessa fase do relacionamento a pessoa amada é a mais bonita, a mais inteligente e a mais carinhosa de todos os tempos. O homem e/ou mulher da vida do apaixonado.

A pessoa para casar! Acontece que a paixão, essa necessidade que se tem do outro, como se ele fosse parte integrante do próprio corpo, necessário para que se possa realizar as atividades mais básicas, dura, segundo os especialistas, cerca de dois anos. Aí os defeitos começam a aparecer.

A pessoa mais linda do mundo não é tão bonita assim e as qualidades que ela possui, por maiores que sejam, sempre ficam pequenas diante dos defeitos. Começam as brigas e a relação tende ao fim. Parece fórmula pronta, mas acontece com a maioria absoluta dos casais. Principalmente com os jovens, que invariavelmente encontram, a cada mês, o amor de suas vidas. Aos contaminados pela "paixonite" resta viver a intensidade dos sentimentos e se prepapar para encarar a paixão muitas vezes ao longo da vida.

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